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Artigos › Home Office Integral ou Híbrido?

O mundo do trabalho sempre foi reflexo das mudanças e evoluções sociais, visando se adequar as novas e crescentes demandas atreladas a uma sociedade gradativamente mais tecnológica e voltada a facilidades de consumo.


No Brasil desde março de 2020 este cenário se tornou mais acelerado com a chegada da pandemia, a qual fez surgir situações que possivelmente SÓ ocorreriam daqui há 10 anos, necessitando resolução imediata, muitas vezes, em horas, dias, semana.

Naturalmente constatamos uma grande preocupação por parte dos empregadores para adaptar contratos de trabalho, em especial quanto a modalidade de trabalho em home office, tudo com finalidade de buscar mais segurança jurídica para a desafiadora forma de trabalho. Entre as preocupações estão controle ou não de jornada, utilização de equipamento pessoal do empregado, mobiliário adequado a exigências ergonômicas.

A reforma trabalhista introduzida pela Lei 13.467/2017 introduziu mínimo regramento ao home office no capítulo que trata do teletrabalho, artigos 75-A a 75-E da CLT, modalidade reconhecida como muito similar ao home office.

Diante das inúmeras legislações criadas no período da pandemia, restritivas a atividades empresariais, houve momento que se admitiu apenas atividades essenciais e as que pudessem ser desenvolvidas na residência do empregado, o home office.

A partir de então houve grande disseminação de debates e notícias anunciando para um “novo normal”, especulando-se que algumas atividades seriam exercidas “para sempre” em regime de home office.

As sinalizações positivas à conclusão foram redução de custos entre eles aluguéis, estruturas, deslocamentos, facilidade do empregado poder acompanhar atividades dos filhos, enfim, tudo parecia firmar o home office como novo modelo de trabalho e gestão.

Passados pouco mais de um ano do início da pandemia as constatações acerca do home office são um tanto diversas. Os gigantes da tecnologia do Vale do Silício como Google, Twitter, Microsoft, Facebook, há muito haviam introduzido o trabalho remoto, sinalizam não ser o home office integral a melhor alternativa.

Surge com bastante força a nova tendência do home office vinculados aos termos “parcial”, “flexível” ou “híbrido”, quando parte da jornada é desempenhada na sede da empresa e parte na residência do empregado. A exemplo da Microsoft prevendo um futuro de trabalho com atividades em home office em menos de 50% do tempo.

A presença na empresa fomenta a colaboração, troca constante de informações, aprendizagem, avanços, expertise de gestão, interação, entre outros pontos positivos, que o puro trabalho remoto não está conseguindo alcançar.

As tendências sinalizam inventar à medida que se avança, para criar para cada empresa o modelo ideal à realidade da vida moderna. Contudo, com o olhar voltado para o Vale do Silício, extraem-se duas conclusões, a primeira como propensão ao home office híbrido, a segunda que os resultados que estão sendo obtidos demonstram que longe de uma imediata solução, estamos sim em constante construção.

Por Márcia Paula Bonamigo - OAB/SC 37.923

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